Vereador Cabo Jean relata supostas irregularidades dentro da UTI COVID em São Roque

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Durante seu pronunciamento na Sessão da Câmara na última segunda-feira, dia 22, o vereador Cabo Jean relatou ter recebido informações sobre supostas irregularidades que podem estar burlando o sistema de vagas do CROSS (Centro de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde) para o atendimento de pacientes nas vagas de UTI COVID-19 no município.

“Se isso realmente estiver acontecendo, é uma situação muito grave, e faço questão de ressaltar que o CROSS é um órgão regulador de vagas para casos de saúde através do SUS nas áreas hospitalar e ambulatorial dentro do Estado de São Paulo, e que possui protocolos instituídos para o seu funcionamento e para o encaminhamento de pacientes para internações, tratamentos e cirurgias. Em hipótese alguma devem ser permitidas interferências externas, ficando todas as decisões submetidas a critérios totalmente técnicos”, disse indignado.

O vereador explica que apesar dos leitos de UTI estarem disponíveis em São Roque, não significam que serão exclusivos para munícipes de São Roque, ou de nossa microrregião que é composta também pelos municípios de Mairinque, Alumínio e Araçariguama.

Assim, uma vaga disponível por exemplo em Sorocaba pode ser ocupada por um paciente de São Roque e vice-versa, a prioridade são para os casos de maior gravidade. “É isso o que me despertava estranheza há algum tempo, o fato de estarmos recebendo em São Roque muitos pacientes de municípios mais distantes e agora, após saber de informações e denúncias de que alguns pacientes inseridos no CROSS acabaram sendo favorecidos por interferências externas, e não somente pelos critérios técnicos, levarei adiante essas informações para serem apuradas, apresentando-as ao Ministério Público”, relata Cabo Jean.

 

Outro fator preocupante e narrado pelo parlamentar em seu pronunciamento é a possível troca de equipamentos da UTI COVID-19, pois como foi membro do Comitê Covid no ano passado, sabe que o contrato de aluguel não era apenas dos equipamentos, mas que também incluía assistência técnica e insumos para o funcionamento, e a possível troca dos equipamentos com a justificativa de redução de custos não o convence.

 

“Será que este é o momento para essa mudança, já que estamos vivendo o pior momento da Pandemia? Como seria feita a troca desses equipamentos considerando que todos os leitos estão ocupados por pacientes entubados? Os relatos dentro da Santa Casa é que se tratam de equipamentos “Xing Ling”, ou seja, equipamentos de qualidade duvidosa e que as equipes de intensivistas desconhecem como eles funcionam. É um momento extremamente delicado, estamos vivendo o desabastecimento de insumos médicos e minha dúvida é se essa mudança realmente garantirá alguma melhoria nos serviços e aos pacientes?”, finaliza o vereado Cabo Jean.