Vereador Paulo Juventude entrega placas-homenagem à Associação do Território Quilombola do Bairro do Carmo

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No último sábado, dia 20 de novembro- Dia da Consciência Negra, o Vereador Paulo Juventude esteve no Bairro do Carmo para participar de um evento promovido pela comunidade Quilombola em parceria com a Prefeitura de São Roque. Na oportunidade, o Parlamentar entregou, em razão do Dia da Consciência Negra, duas placas-homenagem, uma à Associação do Território Quilombola do Bairro do Carmo e a outra a sra. Maria José dos Santos, conforme Decretos aprovados pela Câmara Municipal de São Roque.

O Vereador Paulo Juventude explica que anualmente a Casa de Leis promove Sessão Solene alusiva ao Dia da Consciência Negra, porém por causa da pandemia, faz dois anos que o evento não acontece.

Paulo Juventude foi agraciado com uma homenagem denominada “Moção Mestre José Cabinda”, entregue anualmente para um colaborador de luta, sempre pertencente ao quilombo. “Esse ano a homenagem foi entregue para mim, um gesto que enche o coração de luta e motivação. Estamos juntos companheiros é uma honra receber a Moção Mestre José Cabinda, vamos conquistar muito ainda”, declarou.

Em suas redes sociais, Paulo Juventude informou quem foi Mestre José Cabinda, conforme descrito pelo Professor de História em São Roque, Julio Schneider. “Mestre José Cabinda, sorocabano liberto, protagonizou a mais importante insurreição de escravizados de São Roque e região. O plano da sedição foi deflagrado pela polícia em 18 de julho de 1854 quando o mestre e envolvidos foram presos em uma cerimônia da Cabula, religião de matriz africana, da qual era a autoridade máxima. Na cosmologia centro-africana, a liderança política e religiosa é indissociável. Interrogado, José Cabinda revelou as intenções religiosas e também políticas das reuniões. Suas atividades abrangiam os atuais municípios de Sorocaba, Araçariguama, Araçoiaba da Serra, Ibiúna, Itu, além de São Roque, centro principal do levante, marcado para ocorrer no dia 16 de agosto, feriado municipal. O movimento contava com escravizados e libertos de toda a região, além de 300 espingardas escondidas estrategicamente no Morro do Saboó. Após o interrogatório, foi severamente açoitado em praça pública, durante dias. Mestre José Cabinda, tornou-se um dos sujeitos históricos mais importantes no combate à escravização africana do estado de São Paulo”, descreveu a postagem.