Cabo Jean questiona porque população não desfruta dos mesmos privilégios ofertados ao pai do Diretor da Santa Casa

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Durante Sessão Ordinária da Câmara Municipal, realizada na última segunda-feira, dia 22 de agosto, o Vereador Cabo Jean usou a Tribuna para falar novamente sobre o atendimento diferenciado dado ao pai do Diretor da CEJAM e Administrador da Santa Casa de São Roque.

Segundo Cabo Jean, é lamentável que a população não possua o mesmo padrão de atendimento que o pai do Diretor teve. “O pai do Diretor foi levado para uma sala separada, e ao invés dele passar por atendimento com os médicos que dão plantão no Pronto Atendimento da Santa Casa, foi clinicado pela gerente médica do hospital e que não atende no Pronto Atendimento. Acontece que o pai do Diretor teve uma prescrição médica, além disso, realizou um check-up geral que nenhum outro munícipe na história da Santa Casa foi submetido, foram solicitados exames de urina e de sangue para avaliação de hemograma, rins, fígado, pâncreas, diabetes, infecções, raio-x, eletrocardiograma e ultrassom abdominal. O erro não está no fato dele ter passado por atendimento via SUS, mas sim de não ter pego uma senha e não ter ficado aguardando pelo atendimento, como acontece com as demais pessoas que precisam esperar por uma, duas, três horas ou mais. Outro erro pontual é que como ele não é morador de São Roque, porque colocaram no cadastro o endereço do hospital Santa Casa e não da residência dele? Isso no mínimo já demonstra omissão no envio de informações junto a Prefeitura”, diz.

O Vereador Cabo Jean já havia narrado o ocorrido durante uso da Tribuna em Sessão Ordinária de 17 de agosto. “Naquela Sessão, o Presidente da Casa, após a minha fala, direcionou a palavra a mim dizendo que teria recebido uma mensagem do Edson, Diretor da CEJAM e Administrador da Santa Casa, dizendo que o pai dele havia passado pelo hospital, mas que teria dado entrada pelo setor de urgência do pronto atendimento e que posteriormente foi diagnosticado com pneumonia”, ressalta.

Neste último pronunciamento do Parlamentar, ele afirma que protocolou três Ofícios cobrando explicações. O de nº 1656/2022, direcionado a Diretora de Saúde, que é gestora do SUS no município, sendo também a responsável pelo contrato entre CEJAM e Prefeitura, da qual espera que no mínimo sejam apurados os fatos e tomadas as providências. Outro Ofício de nº 1661/2022 foi encaminhado para a Diretoria da CEJAM e o último Ofício nº 1668/2022 enviado ao Ministério Público cientificando os fatos. “Onde já se viu solicitar um ultrassom da próstata para diagnosticar uma suspeita de pneumonia. Agora eu entendo porque recentemente, apesar de aprovarmos na Câmara o Projeto de Lei nº037-L /2022 que não foi sancionado pelo Prefeito e sim tendo que ser sancionado pelo Presidente da Câmara, através da Lei 5.420, a qual pede que todas as prestações de contas da CEJAM sejam repassadas para a Câmara. Acontece que até o momento a Lei vem sendo desrespeitada, pois não recebemos nenhum relatório e eu tenho chamado a atenção para que o Presidente da Câmara intervenha a ponto de ele fazer com que a Legislação venha a ser cumprida. Outra coisa, quero saber porque a prestação de contas não vem sendo disponibilizada no site da Prefeitura. No último dia 29 de julho, por meio da Portaria nº 623, o Prefeito atualizou a composição dos servidores da Prefeitura, responsáveis por avaliar o contrato de gestão da CEJAM, comissão essa que somente no mês de julho custou mais de R$4.500,00 para pagar cinco pessoas, ou seja, estamos gastando dinheiro público para fiscalizar e não tem sido cumprido. Para a minha surpresa, a própria Diretora de Saúde que é membro desta comissão, também é gestora do contrato, desta maneira como ela emitirá um parecer irregular das contas se for o caso, sendo que ela é da comissão?”, questiona.

Cabo Jean ressalta que o objetivo dele é de defender esse padrão de atendimento para a população são-roquense, que paga seus impostos no município, e fica meses numa fila esperando pela realização de um exame de imagem porque não tem condições de arcar com os custos. “A minha indignação é com o desrespeito que os idosos, crianças, pais e mães que sofrem diariamente com dores e não tem esse tipo de tratamento VIP que o pai do Diretor teve. Isso é um ato imoral para com a nossa população ou até dos pacientes das cidades vizinhas que utilizam o pronto atendimento. Atitudes como essas, me faz compreender os motivos que levam a atual gestão a resistir pela transparência, tendo em vista que quando apertamos o Governo, as coisas não são esclarecidas, pois onde já se viu um Diretor e Administrador da Santa Casa de São Roque dar um exemplo desses. Chega a ser ridículo, vergonhoso para o nosso povo que não tem o mínimo perto do que foi oferecido ao pai do Diretor”, finaliza.