Cabo Jean cobra debate para possível implantação do sistema apostilado na rede municipal de ensino e lamenta a não participação dos professores adjuntos

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Ao usar a tribuna durante Sessão Ordinária realizada na última segunda-feira, dia 22 de novembro, o Vereador Cabo Jean falou sobre a possibilidade da implantação do ensino fundamental apostilado na rede municipal de educação em São Roque.

De acordo com o discurso do Parlamentar, o assunto será discutido nos próximos dias, pois o Chefe do Executivo assinou a portaria nº 948/2021 para constituir uma Comissão de Estudos e Avaliação para o sistema apostilado do Ensino Fundamental. “Não sou contrário a inserção do sistema apostilado, o que me indigna é o fato de mais uma vez fazerem com que a decisão seja engolida “goela abaixo”, sendo que antes o Prefeito defendia a tal Gestão Democrática, ou seja, uma gestão construída entre os profissionais que diretamente irão ensinar os nossos alunos e estes não foram consultados para pautar tal decisão”, lamenta.

O Vereador Cabo Jean informou que na Portaria nº 948/2021 foram citadas 48 pessoas, entre os quais, professores, coordenadores e profissionais da educação com cargos atrelados a Direção. “O que me causou estranheza foi que nessa listagem não há sequer um professor adjunto, que possui a formação em pedagogia e está totalmente apto e capacitado para substituir o professor. Os professores adjuntos são polivalentes nas escolas, mas foram excluídos da participação de debaterem o sistema apostilado. Questiono também o fato de termos apenas 48 profissionais da área para debaterem o assunto, acho pouco, já que temos no município 175 professores do fundamental I, 46 professores adjuntos do fundamental I, 210 professores do fundamental II e 57 professores adjuntos do ensino fundamental II, ou seja, em um universo de aproximadamente 500 profissionais, apenas 48 (cerca de 10%) estarão decidindo por todos. Cada escola possui as suas realidades e no mínimo a construção do processo de escolha deveria ter iniciado no próprio âmbito escolar, um macro para chegar no micro”, argumenta.

Cabo Jean fez uns questionamentos no seu pronunciamento, entre os quais, se a rede de ensino foi de fato consultada, se houve algum tipo de aprovação para implantação do sistema apostilado, além da divulgação do cronograma para que isso possa ocorrer. “Tivemos o ano todo sem aula presencial, o que deixa claro que foi o momento oportuno para debater a questão, construir, dialogar e reunir, já que os professores ficaram em trabalho remoto. Mas não, falar de planejamento, ainda mais na Educação em nosso município é sinônimo de bagunça e desorganização. Afinal, não conseguiram resolver os problemas com as impressoras inoperantes nas unidades escolares que continuam se virando com às impressões, não retomaram as aulas presenciais em 2021, fato este que fomos negativamente citados pela mídia nacional como sendo uma das 23 cidades do Estado que não retomou com as aulas presenciais nas escolas públicas municipais. Na última semana, São Roque foi destaque no Movimento Nacional “Escolas Abertas”, que entre vários Prefeitos, agora estampou a foto do Senhor Guto Issa como um dos inimigos da Educação pelo não retorno às aulas”, fala.

Preocupado com os rumos da Educação, Cabo Jean destacou como as crianças ficarão nesta indecisão. “Os estudantes já foram prejudicados com o não retorno em 2021 e agora como será em 2022? Sem planejamento? Material “goela abaixo”, haverá adequações de material apostilado para quem não acompanha o rendimento da sala de aula? Ah! quer dizer que aquilo que o Governo Municipal decidir é o que valerá, e não os professores que vivem e convivem diariamente com as nossas crianças. Sejam transparentes, sejam coerentes, trabalhem com profissionalismo e não com achismo para “fazer bonito”, finaliza.